9.2.13


Se dói? Incomoda um pouco. Eu fico triste, choro, me pergunto o número de tolices que posso ter dito, o quão safada eu fui, o quão contida eu podia ser, e o tanto de minha que você nunca seria.

17.5.12

registro

é uma mistura de raiva, frustração e dor. me ajude a tirar isso de dentro de mim. não me procure mais, nao me mande msg. deixe o tempo fazer por nós o que não conseguimos fazer. fique bem.
..
fim.


1.2.10

eu fico assim. eu odeio quando eu fico assim triste, por mais que eu saiba que às vezes não tem por que, e às vezes tem, mas é tão complicado de explicar que não dá, não dá pra pôr em palavras, mas a gente tenta, e elas saem tortas e belas e sem sentido para quem as lê, aí fica aquele vácuo no peito e você se perguntando o que falta, mas eu te digo: eu fico assim. eu, aquela que não sabe mais do que você, tô aqui, querendo que você saiba, que me olhe e me diga com aquelas palavras tortas o que há de errado. e eu quero um colo. eu te dou um colo, se você precisar. às vezes, justamente por isso. o pensamento continua. ele sempre continua.

26.11.09

nesse caso, que seja. é mesmo isso que ando repetindo, bem assim: que seja.

quando amanhece e o sol bate na minha cara amarrotada da insônia, eu sinto como se não pudesse me mexer muito. penso que ninguém perguntará nada. mas, se alguém me perguntar o que é, talvez não saiba responder. "tudo é tão vago como se não fosse nada".

tem um clima de preguiça no ar. mas o sol ameaça brilhar. volta? por que ela está olhando pro nada? talvez alguma coisa esteja errada...

é o que eu chamo de tentar, com todas as forças, negar o óbvio. e eu digo mais uma vez que não espero nada de ninguém, nunca. a única coisa que espero de você é que você não espere nada de mim. mas mesmo assim cá estou, sentada, observando você passar. ok, admito: errar é humano e esperar é a coisa menos saudável que um ser humano pode fazer a si mesmo. mais do que encher a cara ou ficar noites sem dormir. talvez apenas equiparado a beber fanta uva.

9.11.09

Eu passaria pelas ruas colhendo miragens. Eu selaria cartas mandadas de estranhos para estranhos. E estranhos passariam por mim e não pensariam em nada. Não colariam lembretes na geladeira para que lembrassem que me viram. E as cartas, mesmo quando com o endereço certo, não seriam respondidas. Elas não foram mandadas esperando que fossem respondidas. Os selos pesariam mais que as palavras. E neles não estariam desenhadas minhas miragens. Naquele ônibus, ninguém ousaria parar no ponto perto de suas casas. Ninguém queria chegar em seu endereço certo. Eles vagariam pelas ruas. Eu colheria miragens. Eles não me veriam. Eu ficaria cega. Eles mandariam cartas. Eu não colecionaria paisagens.





9.9.09

"eu quero em mim
uma pessoa
não muito assim
ou muito não
eu quero em mim
uma pessoa
geral
poucos muitos
mas muitas coisas
muitas vidas
pessoa assim
nem muito ou pouco
mas pessoa
em tudo e em todas
total"

(Martha Medeiros)

28.4.09

Não sou simpática nem carinhosa nem amiga nem preocupada nem interessada nem boa. Você pode me partir em pedacinhos minúsculos, me espalhar em uma mesa ampla, separar as partes e analisar uma a uma aqui, bem na sua porta. Bem na sua frente.

Fique longe, não queira sentir esse gosto amargo ou enxergar o horror nos meus olhos. Engula suas palavras bonitas, enfie a mão que quer me acariciar no cu. Me deixe aqui em paz. Não tente ser boa para mim.

29.10.08

To tentando explicar, e sei que isso não acontece só comigo. A mesma cama, o mesmo sofá. Cedi a algumas convicções, adquiri outras, mas com certeza não sei mais me descrever e é irônico. Tudo é sempre muito irônico.

Talvez agora, por um pouquíssimo tempo (mesmo) eu diga coisas que façam algum sentido, pelo menos pra você. Dizem que a gente não deve guardar essas coisas pra gente. Pode dar câncer, dor de barriga, caxumba ou caspa!

Porque além de todas as coisas, eu queria ser somente boa o suficiente pra você.

3.10.08

limpando a poeira.

...
...
...

i'm back!

19.9.07

tropa de elite, osso duro de roer.
pega um, pega geral.
também vai pegar você!

7.6.07

nestas últimas datas
faz frio e ela está cansada
mas este fogo não aquece o aposento solitário
nem uma alma em transe, gelada

escuto os gemidos da sua consciência
leio os seus pensamentos mais íntimos
busco o que há de exagero
em todo o lirismo

a estrofe mais triste da balada
se rompe agora em nossas mãos
inconscientemente, irresistível
ela não pode dormir

tal desejo é tão natural
o fingimento lhe é penoso
a prudência permanente
lhe é insuportável


7.5.07

cansada. muito cansada!

30.3.07

se você me disser
assim
e vier
não sabendo dos dias
das tardes
das coisas de mulher

eu te direi de novo
das asas
que não podem voar
e vou gritar, sozinha
pra te fazer surda
e entender
minhas coisas de mulher

e surda talvez você entenda
que o meu olhar afoito, escroto
abandonado
deixará em silêncio
o que desprezaste
das minhas fraquezas

mas o meu peito
sempre
desconfiou dessa doçura
reforçada

talvez se eu me soltar esta noite
não será o meu corpo
no teu corpo
entre quatro paredes
em um segundo
no chão

minhas feridas eu vou lamber
do remédio
da minha saliva
pra curar as chagas dos animais

é isso que eu sou
é isso que tu és
até que nos chamem à razão
do aço da pele
que fundi

30.1.07

nada mudou

ainda quero três filhos, um cachorro grande e enjoado, uma casa enorme e linda, cheia de grama e árvores, paredes pintadas de cores diferentes, uma casa na praia, outra no campo, um apartamento no canadá, ser formada em três faculdades, produzir documentários, filmes, todas as obras do nelson, do chico, escrever peças teatrais, escrever livros, tocar violino, ir ao Congo tirar belas fotografias, tocar piano, sapatear, fazer um curso de gastronomia, falar japonês, ir ao japão, receber convites importantes e não comparecer, regurgitar nas pessoas ignóbeis, atuar, ser indicada ao oscar e não ir à premiação, ganhar o prêmio nobel e recusá-lo, fazer com que julhinha me ligue, ignorá-la um pouquinho, ser cremada, e só. por enquanto tá bom.

22.1.07

Só pra deixar registrado que eu odeio muito Damien Rice.
Lançou outro cd, o gay!

P-U-T-A Q-U-E P-A-R-I-U!

8.1.07

"Silêncio, por favor
Enquanto esqueço um pouco a dor
no peito
Não diga nada sobre meus
defeitos
Eu não me lembro mais
quem me deixou assim

Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais nos braços
Só este amor
assim descontraído

Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito

Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito"

24.10.06

segura de mim, digo palavras que sei: não me bastam. segura de si, dizes mais uma vez, e mais outra, entre tantas nas quais dissemos tantas vezes.

a frase engasgada do seja feliz. o olho vermelho da lágrima que teima em não cair. a ligação que não foi feita. sensação de foda mal terminado. garganta seca com gosto de agridoce e o bilhete de vai tomar no cú.

19.10.06

O dia começa entre uma música e outra.
Me dedico a entender cada nota, mas as pestanas indicam a dificuldade das coisas.
As mãos continuam suando, talvez pra que eu não esqueça de estar sempre inquieta.

O dia de intervalos me lembra da falta do que respirar.
E quando não me mata de raiva, me mata de saudades.

14.9.06

ouvi dizer que és branda, carente. que precisas estar num quarto escuro e fechado, para que alguém o abra e te arranque de lá. porque tu precisas sentir-se amada, mesmo ouvindo todos dizerem que te amam. e que os teus sorrisos são sinceros, e você sempre os distribui. porque te julgas uma menina simpática. mas que habitas um mar de impurezas, e que os versos que te inspiram são tua essência. e me orgulho de ti, por seres assim, tão menina. tão minha.

12.9.06

"...Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas possam se encontrar..."

(Teatro dos Vampiros)